Por que ouvir música causa calafrios? Cientistas buscam resposta
Pessoas que sentem calafrios ao ouvir música apresentam mais conexões neurais entre áreas do cérebro que controlam emoções quando expostas aos arranjos
Ao ouvir música, algumas pessoas sentem um calafrio seguido de arrepios – e isso tem intrigado pesquisadores há anos. Agora, cientistas americanos mapearam o funcionamento do cérebro enquanto as pessoas ouviam música para identificar como arranjos musicais podem causar os calafrios. O que eles descobriram foi que indivíduos que sentem os arrepios possuem mais conexões neurais entre áreas específicas do cérebro, como a de emoções, audição e processamento de sentidos. A ideia dos pesquisadores é verificar como a música pode criar efeitos psicológicos nos indivíduos.
Especialistas da University of Southern California e Universidade de Harvard publicaram os resultados da pesquisa recentemente na revista especializada Social Cognitive and Affective Neuroscience, da editora da Universidade de Oxford. Para realizar o estudo, mais de 230 pessoas responderam a um questionário online sobre personalidade; do total captado nas análises exploratórias, o líder da pesquisa Matthew Sachs, da University of Southern California, e sua equipe selecionaram 20 participantes.
Cad
a indivíduo levou uma lista de músicas favoritas para ouvir no laboratório (os especialistas utilizaram as músicas preferidas de outros participantes para servir como controle de resultados emocionais). Ao utilizar métodos de escaneamento para gerar imagens do cérebro e conectá-los a aparelhos que mediam batimentos cardíacos e condutividade da pele (pelo suor), os pesquisadores identificaram que, por mais que todos os participantes tivessem se declarado grandes fãs de música, apenas metade do grupo apresentou calafrios. Assim, os participantes foram divididos em dois grupos: 10 pessoas para formarem o grupo dos que sentiram calafrios, e as outras 10 pessoas que não apresentaram reações.
No grupo das pessoas que apresentaram resposta à música que ouviam, os pesquisadores identificaram que, ao ser expostos às suas melodias preferidas, os participantes apresentavam aumento de batimentos cardíacos e de condutividade da pele. Ao ouvirem as músicas de outros participantes, no entanto, as respostas corporais não se alteraram. Já o grupo de participantes que não apresentou resposta ao estímulo musical apresentou pouca ou nenhuma reação a quaisquer músicas apresentadas (preferidas ou de controle).
Conexões neurais – Ao analisar as imagens de ressonância magnética realizadas durante os testes, a equipe de especialistas foi capaz de identificar que o grupo que respondeu positivamente às sensações proporcionadas pela música manteve mais conexões entre os neurônios de três campos do cérebro: o córtex responsável pela audição, o que envolve os processos de sentidos, e o que responde pela habilidade de monitorar emoções.
De acordo com Psyche Loui, do departamento de psicologia e neurociência da Wesleyan University, nos Estados Unidos, a pesquisa é inicial; mesmo assim, os resultados são animadores, pois trazem pistas sobre os motivos pelos quais os humanos fazem música. “É um canal social e emocional para se relacionar com as pessoas. Talvez as boas letras de música requerem encontrar esse canal auditivo que agrada aos sistemas emocionais e sociais dos ouvintes”, afirmou a coautora do estudo.
a indivíduo levou uma lista de músicas favoritas para ouvir no laboratório (os especialistas utilizaram as músicas preferidas de outros participantes para servir como controle de resultados emocionais). Ao utilizar métodos de escaneamento para gerar imagens do cérebro e conectá-los a aparelhos que mediam batimentos cardíacos e condutividade da pele (pelo suor), os pesquisadores identificaram que, por mais que todos os participantes tivessem se declarado grandes fãs de música, apenas metade do grupo apresentou calafrios. Assim, os participantes foram divididos em dois grupos: 10 pessoas para formarem o grupo dos que sentiram calafrios, e as outras 10 pessoas que não apresentaram reações.
No grupo das pessoas que apresentaram resposta à música que ouviam, os pesquisadores identificaram que, ao ser expostos às suas melodias preferidas, os participantes apresentavam aumento de batimentos cardíacos e de condutividade da pele. Ao ouvirem as músicas de outros participantes, no entanto, as respostas corporais não se alteraram. Já o grupo de participantes que não apresentou resposta ao estímulo musical apresentou pouca ou nenhuma reação a quaisquer músicas apresentadas (preferidas ou de controle).
Conexões neurais – Ao analisar as imagens de ressonância magnética realizadas durante os testes, a equipe de especialistas foi capaz de identificar que o grupo que respondeu positivamente às sensações proporcionadas pela música manteve mais conexões entre os neurônios de três campos do cérebro: o córtex responsável pela audição, o que envolve os processos de sentidos, e o que responde pela habilidade de monitorar emoções.
De acordo com Psyche Loui, do departamento de psicologia e neurociência da Wesleyan University, nos Estados Unidos, a pesquisa é inicial; mesmo assim, os resultados são animadores, pois trazem pistas sobre os motivos pelos quais os humanos fazem música. “É um canal social e emocional para se relacionar com as pessoas. Talvez as boas letras de música requerem encontrar esse canal auditivo que agrada aos sistemas emocionais e sociais dos ouvintes”, afirmou a coautora do estudo.
Veja
Por Alisson Schneider
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