Papo Calcinha: Vamos falar da Violência contra mulher
No mês passado, a RPC estava com uma campanha muito boa: AmarElas, que se referia a lei Maria da Penha. Assisti alguns depoimentos e sempre me emociono, pois aconteceram algumas coisas comigo das quais vou compartilhar com vocês. Peço que não julguem nem a atitude dele e nem a minha, somente reflitam, pois acontece com muitas mulheres.
Passei por uma experiência relativamente duradoura de mais ou menos dois anos. No começo do namoro, ele já começou a me impedir de conversar com algumas pessoas, com os meninos por ciúmes e com as meninas por dizer que eram más companhias. Após isso, começou a fuçar meu celular e redes sociais com frequência, tinha ciúmes até da minha melhor amiga comentar algo que supostamente poderíamos estar escondendo dele.
Eu levava tudo numa boa, pois era meu primeiro namorado, eu não sabia muito como reagir às crises de ciúmes dele, a como me impor pois ele era alguns anos mais velho e tinha medo de perder o que na época considerava "o grande amor da minha vida".
Depois de um tempo, ele passou a implicar não somente com quem eu falava, mas também com o que eu vestia, me limitando a não usar mais shorts, saia ou vestido curto. Então, eu já não me sentia mais eu mesma. Alguns outros fatores bem sérios, me levaram a começar a pensar, se era isso mesmo que eu queria para minha vida. Até que um dia, estávamos em um evento aberto e comecei a andar mais rápido, porque estava procurando minhas amigas, ele me puxou pelo braço, com tanta força, que já não cabia mais a mim responder. Ficou segurando meu braço até que eu começasse a chorar. Me senti imponente, fracassada e humilhada. Não tinha nem como voltar pra casa pois minha bolsa estava no carro dele, e para isso teríamos que ir juntos até lá, o que ele não deixou. Conversamos sobre isso e ele disse que não iria acontecer de novo.
Após um tempo, eu terminei o relacionamento (por motivos que outro dia pode ser que eu lhes conte). Mas como ainda tínhamos amigos em comum, fomos a uma festa de uma amiga, e no carro que eu estava de carona, tinha um menino que eu não gostava e nem ele, mas mesmo assim ele insistiu em ter crise de ciúmes, e quando todos entraram e só ficamos eu e o irmão dele lá fora, ele chegou e pediu satisfação, começamos a discutir e então, ele me jogou em cima de um carro que estava estacionado e começou a me xingar e segurou meus braços com uma força que eu não era capaz de suportar. Se meu ex cunhado não estivesse ali para me ajudar, eu realmente não sei o que teria acontecido.
Muitos relacionamentos acabam em morte porque as mulheres têm medo de se posicionar, ou até mesmo não tem para onde ir. Eu não procurei ajuda policial, nem mesmo psicológica, mas sei que tinha necessidade. Por favor, não vamos mais nos submeter a esse tipo de coisas. Somos mulheres dignas de amor, de paixão, de sermos tratadas como merecemos, afinal de contas, cada um tem o seu valor. Não seja mais uma nas estatísticas. Denuncie o agressor, e seja feliz!
Por Thalita
Passei por uma experiência relativamente duradoura de mais ou menos dois anos. No começo do namoro, ele já começou a me impedir de conversar com algumas pessoas, com os meninos por ciúmes e com as meninas por dizer que eram más companhias. Após isso, começou a fuçar meu celular e redes sociais com frequência, tinha ciúmes até da minha melhor amiga comentar algo que supostamente poderíamos estar escondendo dele.
Eu levava tudo numa boa, pois era meu primeiro namorado, eu não sabia muito como reagir às crises de ciúmes dele, a como me impor pois ele era alguns anos mais velho e tinha medo de perder o que na época considerava "o grande amor da minha vida".
Depois de um tempo, ele passou a implicar não somente com quem eu falava, mas também com o que eu vestia, me limitando a não usar mais shorts, saia ou vestido curto. Então, eu já não me sentia mais eu mesma. Alguns outros fatores bem sérios, me levaram a começar a pensar, se era isso mesmo que eu queria para minha vida. Até que um dia, estávamos em um evento aberto e comecei a andar mais rápido, porque estava procurando minhas amigas, ele me puxou pelo braço, com tanta força, que já não cabia mais a mim responder. Ficou segurando meu braço até que eu começasse a chorar. Me senti imponente, fracassada e humilhada. Não tinha nem como voltar pra casa pois minha bolsa estava no carro dele, e para isso teríamos que ir juntos até lá, o que ele não deixou. Conversamos sobre isso e ele disse que não iria acontecer de novo.
Após um tempo, eu terminei o relacionamento (por motivos que outro dia pode ser que eu lhes conte). Mas como ainda tínhamos amigos em comum, fomos a uma festa de uma amiga, e no carro que eu estava de carona, tinha um menino que eu não gostava e nem ele, mas mesmo assim ele insistiu em ter crise de ciúmes, e quando todos entraram e só ficamos eu e o irmão dele lá fora, ele chegou e pediu satisfação, começamos a discutir e então, ele me jogou em cima de um carro que estava estacionado e começou a me xingar e segurou meus braços com uma força que eu não era capaz de suportar. Se meu ex cunhado não estivesse ali para me ajudar, eu realmente não sei o que teria acontecido.
Muitos relacionamentos acabam em morte porque as mulheres têm medo de se posicionar, ou até mesmo não tem para onde ir. Eu não procurei ajuda policial, nem mesmo psicológica, mas sei que tinha necessidade. Por favor, não vamos mais nos submeter a esse tipo de coisas. Somos mulheres dignas de amor, de paixão, de sermos tratadas como merecemos, afinal de contas, cada um tem o seu valor. Não seja mais uma nas estatísticas. Denuncie o agressor, e seja feliz!
Por Thalita
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