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O cochilo da tarde pode fazer mal ao coração

De acordo com um novo estudo, tirar longos cochilos durante o dia está associado a um risco maior de síndrome metabólica

De acordo com os autores, sonecas de até 40 minutos não afetam o risco metabólico, porém uma quantidade maior que essa já aumenta consideravelmente esse risco: um cochilo de 90 minutos aumentou o risco em até 50%, assim como ficar excessivamente cansado durante o dia(Thinkstock/VEJA)

Embora tirar uma soneca a tarde seja o sonho de quase todas as pessoas, a prática pode aumentar o risco de morte prematura. De acordo com um estudo apresentado esta semana durante a 65ª Sessão Científica Anual do American College of Cardiology, tirar um cochilo de mais de 40 minutos ou ficar excessivamente cansado durante o dia está associado a um maior risco de síndrome metabólica.

A síndrome metabólica é uma condição que envolve diversos fatores, como pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue elevados e excesso de gordura ao redor da cintura. Todos esses, por sua vez, estão relacionadas a um aumento do risco de doença cardíaca.

Pesquisadores da Universidade de Tóquio decidiram avaliar dados de 21 estudos observacionais, envolvendo 307.237 pessoas para avaliar o impacto da soneca - prática comum em várias partes do mundo - na saúde das pessoas. Os participantes responderam questões relacionadas ao seu nível de cansaço durante o dia, duração de sonecas e histórico clínico.

Os resultados mostraram uma forte associação entre o tempo de cochilo e o risco de desenvolvimento de síndrome metabólica. De acordo com os autores, quanto mais longa for a soneca, pior.

Felizmente, cochilos de até 30 minutos possuem efeito contrário: fazem bem ao coração. "O sono é um componente importante do nosso estilo de vida saudável, bem como a dieta e o exercício. Pequenos cochilos podem ter um efeito benéfico sobre nossa saúde, mas nós ainda não sabemos a força desse efeito ou o mecanismo pelo qual ele funciona," disse Tomohide Tamada, principal autor do estudo, reforçando que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.

(VEJA)

Por Alisson Schneider

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