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Soldado do 22°BPM que matou jogador em Campina Grande do Sul é preso em casa



O soldado Gerson lotado na Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), do 22º Batalhão da Polícia Militar (BPM), foi preso na noite desta quarta-feira (20) acusado de matar Gilson Camargo, 28 anos. O crime aconteceu em uma cancha na Rua Júlio Guidolin, no Jardim Santa Rosa, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, na tarde de domingo (17). Camargo foi morto com três disparos de arma de fogo nas costas. No dia, o policial afirmou que Camargo estava armado e teria esboçado reação contra ele. Vídeos e imagens foram usados nas investigações que culminou na prisão do soldado.



De acordo com a Polícia Civil, o mandado de prisão foi cumprido na noite de ontem, por volta das 21 horas. Ela é temporária, válida por 30 dias. A Polícia Militar (PM) cumpriu o mandado e o soldado, preso em casa, foi encaminhado a um Batalhão da PM, não divulgado.

Para a Banda B, o delegado Messias da Rosa afirmou que as investigações continuam. “Essa é a primeira medida, podendo ser prorrogada, mas as investigações continuam. Hoje, vamos ouvir os policiais que entregaram o soldado e a arma, que eles alegaram ser da vítima. Já temos o documento e sabemos que a arma é de um comerciante da cidade de Joinville. Já autorizei oitivas para a equipe ir até lá e saber como essa arma parou aqui”, descreveu o delegado.

“Está mais que evidente que esse soldado não agiu em legítima defesa. Não só o soldado como todas as pessoas que fizeram parte da entrega da arma podem responder por fraude processual, caso eles tivessem conhecimento que aquele revólver não era da vítima”, completou o delegado Messias.

Na manhã de ontem, a Banda B já tinha dado em primeira mão sobre a possibilidade de o soldado ser preso até o fim da semana. “Até agora, tudo aponta que houve uma precipitação por parte do policial militar. Infelizmente, ele usou uma arma da corporação para praticar um crime e, pelas provas materiais e testemunhas, houve um homicídio”, disse Messias, em entrevista.

Provas

Além de imagens sem cortes apresentadas ao delegado, testemunhas de ambos os times foram ouvidas, assim como o bombeiro civil que prestou os primeiros atendimentos à vítima, com ferimentos nas costas.”Não somente as palavras deles, como levamos em conta as imagens colhidas praticando o ato do socorro. Esse bombeiro civil já foi ouvido e afirmou, com toda a certeza, que somente tinha uma garrafa pet de 500 ml de água junto ao corpo da vítima”, destacou.

As novas imagens apresentadas na delegacia mostram o momento do crime, sem cortes, e a vítima sendo baleada pelas costas, sem esboçar reação. “O policial militar agiu com precipitação e o crime é de homicídio”, disse.

O caso

O time do policial disputava uma partida contra a equipe de Gilson. Em momentos diferentes, o representante foi expulso e o policial substituído no jogo. Os dois terminaram de assistir a partida na arquibancada. A versão do policial é que ele perseguiu o representante, em direção ao estacionamento, por imaginar que ele estivesse armado, já que andava com as mãos na cintura.

O PM atirou três vezes contra Gilson. Imagens que circulam por meio das redes sociais nesta segunda-feira mostram uma garrafa de água sendo retirada da cintura do jovem, o que negaria a versão dada pelo policial. O PM, lotado na Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam) do 22º, foi levado por uma viatura até a Delegacia de Campina Grande do Sul. De lá, após depoimentos, o policial militar foi para a casa e retornou à corporação para dar seguimento ao processo, mas segue em liberdade.

Com Banda B

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